quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Cantos e Recantos



Cantos e recantos

Cada lado tem seu lado,
Cada canto, a sua dor.
Eu me encanto ao seu lado,
Lá no recanto do amor.

No cantar de mil amores,
Há um recanto lembrado,
Quando tudo eram flores,
Nos encantos do passado.

Vou cantando a minha vida,
Vou contando meus amores,
Nos recantos, revivida,
Nos encantos e nas dores.

Os encantos dessa vida,
Vagos sonhos, ilusão.
Flores murchas que fenecem,
O que fica é a solidão.

Na saudade do meu canto.
A solidão, mando embora.
Nas lembranças me encanto,
Nesse canto ninguém chora.

Saudades todos nós temos.
Guardamos recordação.
Dos amores que vivemos,
Nos cantos do coração.

De tanto cantar os cantos,
E recantos do passado,
Do presente os desencantos,
É que me deixam cansado.

O canto da minha vida,
Nem sempre tão encantado,
No presente me convida,
A não viver do passado.


Já cantei os meus amores,
Nos cantos que sempre quis,
Hoje nem tudo são flores,
Mas confesso, sou feliz.

Para dizer a verdade,
Eu não vivo de lembranças.
Na minha realidade,
O meu canto é de esperança.

Aqui no meu canto espero,
Pois esperar não me cansa,
Tenho todos, que eu quero,
Quem espera sempre alcança.

Quando a adversidade,
Atinge-nos pra valer,
Lá no canto da amizade,
Que, apoio, nós vamos ter.


Hoje o meu canto é triste,
Pois que nele falta alguém,
Alguém que não mais existe,
Ah que saudade nos vem.

Uniram-nos nessa vida,
Amor, carinho, amizade,
Para Aracy querida,
Nosso canto de saudade.

Cantando nossa saudade,
Invade-nos a emoção,
Mas lembrar sua bondade,
Alegra-nos o coração.

Mesmo no desencanto,
Nas dores e nos meus ais,
Lembrança ruim eu espanto,
Tristezas não canto mais.

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